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Ano Novo Fashion: Tudo o que rolou no mês mais importante da Moda

Atualizado: 12 de out.

Das passarelas ao streetstyle: descubra por qual razão Setembro é o marco da moda.

PatBo - NYFW 2025/2026 DIVULGAÇÃO
PatBo - NYFW 2025/2026 DIVULGAÇÃO

Estamos chegando ao fim de Setembro, vista o seu melhor look, pegue o seu drink favorito porque é tempo de celebrar o Ano Novo Fashion.


O mês 9 é um marco da moda, isso porquê além de ser palco das principais Fashion Weeks - the Big Four (as “Quatro Maiores”): Nova York, Londres, Milão e Paris. Setembro ainda assinala o lançamento das edições mais icônicas de revistas como Vogue, Elle e Harper’s Bazaar.


Para dar start ao nosso Ano Novo Fashion, Ricky Monteiro conta pra gente tudo o que rolou (e está rolando) nas mais importantes passarelas do planeta.


Primavera Verão 2026


A abertura do Ano Novo Fashion teve início entre os dias 11 e 16 de 2025 com a NYFW. Tivemos nomes como Carolina Herrera, Michael Kors, Tory Burch, Chrishabana, Sandy Liang e Private Policy.


Logo depois, foi a vez da London Fashion Week, realizada entre 18 e 22 de setembro. A semana londrina manteve sua tradição de unir casas históricas e novos talentos, com desfiles de marcas como Burberry, JW Anderson, Simone Rocha e Harris Reed.


E, mais recentemente, entre os dias 23 e 27, rolou a Milão Fashion Week, exibindo um dos cronogramas mais aguardados. Foi nela que Demna Gvasalia apresentou sua primeira coleção para a Gucci, além de outras estreias como Dário Vitale na Versace, Louise Trotter na Bottega Veneta e Simone Bellotti na Jil Sander.


E enquanto a gente aguarda Paris fechar o ciclo das Big Four eu conto tudo o que você precisa saber para começar o Ano Novo Fashion com o pé direito.


Destaques e tendências


Conhecida por suas jóias e criação de peças exclusivas para Lady Gaga, Beyoncé e Madonna, a marca CHRISHABANA apresentou em sua coleção “POP” uma estética fetichista e futurista, destacando látex, vinil e transparência.

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Private Policy apontou os looks monocromáticos como tendência para a próxima temporada, com aposta no azul

bebê. A harmonia entre roupas e maquiagem maximalista confirmou que os tons pastéis voltaram a ter força.

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A criatividade também apareceu na coleção de Sandy Liang, que misturou tecidos e estampas inspirados na pintora e colecionadora de bonecas Huguette Clark. Já a Kallmeyer seguiu pelo caminho oposto, com muita alfaiataria, cores neutras e jaquetas. Isso reforça que mesmo com o poder do maximalismo, o minimalismo não perde espaço.

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Brasil brilha em Nova York

O Brasil foi representado na NFW por PatBo, única marca do país no calendário oficial da fashion week.


Patrícia Bonaldi apresentou a coleção “Alma Latina”. Bordados, franjas, estampas e transparências destacaram-se nas peças que celebram a herança latino-americana, sendo um sucesso pela força cultural e participação de Laís Ribeiro. A modelo fez seu retorno internacional às passarelas depois do nascimento de seu segundo filho.

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Encerrando o ciclo de Nova York, a Coach trouxe um mergulho no retrô, revisitando os anos 70 e 90 em uma coleção que misturou alfaiataria agênero, cores neutras e uma estética minimalista com uma pegada grunge.

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London Fashion Week


Nos desfiles conceituais de Londres também vimos peças agênero, trazendo novas versões de vestidos sociais (tuxedo dress), casacos oversized com texturas e vestidos de lã.

Burberry - LFW
Burberry - LFW

Milano Fashion Week


Gucci reforçou o italiano chick, apresentando o melhor da grife com alfaitarias milimetricamente pensadas, tons vermelhos & azuis e peles falsas. A alfaiataria também foi enfatizada por Jil Sanders, porém com cortes e contraste de cores.

Gucci - MFW
Gucci - MFW

Já na Versace, a casa exibiu sensualidade em jeans de cintura alta, vestidos e camisetas com aberturas e imperfeições propositais em zíperes e pedaços de tecidos. Enquanto isso, Bottega destacou seu tradicional entrelaçado de couro e técnicas manuais. O toque moderno ficou por conta das cores mais sofisticadas como azul marinho e tons terrosos.

Versace - MFW
Versace - MFW

Paris Fashion Week

Ainda em andamento, a Paris Fashion Week já apresentou grandes nomes como Saint Laurent, Louis Vitton e Stella. A estética oitentista, peças volumosas e jaquetas estruturadas marcaram presença, além da alfaiataria sustentável da McCartney.


Saint Laurent - PFW
Saint Laurent - PFW
Stella - PFW
Stella - PFW

Além das quatro maiores, outras cidades também têm suas fashion weeks a partir de setembro, como Tóquio, Seul, Madri, Kiev e São Paulo. É possível acompanhar as datas e principais eventos do calendário de moda em sites como o Conselho de Designers de Moda da América (CFDA).


A importância de Setembro para a moda:


Além das principais Fashion Weeks, no hemisfério norte, setembro marca o fim do verão e o início do outono. Essa virada de estação influencia o comportamento de consumo: novas rotinas, volta às aulas, retorno ao trabalho e, com isso, a necessidade de renovar o guarda-roupa.


As marcas sabem disso e investem pesado em novas coleções e campanhas. Já as revistas aproveitam para criar suas edições mais completas, que funcionam quase como anuários fashion.


Vogue setembro: a edição que dita os rumos da moda


O mês de setembro ganhou ainda mais força quando a Vogue, em 1893, publicou sua primeira edição de setembro,

anunciando a edição como a mais importante do seu calendário.

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A editora aproveitou a busca do público por referências para atualizar o estilo e se preparar para a nova temporada e transformou a edição em um verdadeiro guia de tendências, campanhas publicitárias e artigos impactantes.


De lá pra cá, a revista levou o assunto tão a sério que já foram mais de 100 edições de setembro. Em 2012, lançou sua maior edição da história: 916 páginas, com Lady Gaga na capa.

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Mas a Vogue não é a única. Entre os exemplos que apostam em setembro como o destaque do calendário editorial, estão Elle, Harper’s Bazaar e W Magazine. Capas estreladas por celebridades e editoriais que misturam moda, comportamento e cultura tornam essas edições objeto de desejo para leitores e colecionadores.


Para quem quer mergulhar ainda mais nos bastidores desse processo, o documentário The September Issue mostra como Anna Wintour, recente ex editora-chefe da Vogue US, conduz a produção da edição mais aguardada do ano, com planejamentos que podem começar muitos meses antes.


Os desfiles causam um verdadeiro efeito cascata: o que vemos nas passarelas também vão rapidamente para as fast

fashion, redes sociais e dia a dia de quem compra.


O desfile fora dos desfiles


Além disso, durante as semanas de moda, uma outra tradição se formou: O street style se tornou uma parte essencial da experiência, registrando como o público, celebridades e jornalistas de moda interpretam e reinventam as roupas em seus looks.


E falo sobre interpretar e reinventar porque o street style dialoga com a passarela de diversas maneiras: às vezes complementa, às vezes contrasta, mas sempre amplia o alcance das tendências. Mais do que um mês, setembro é um fenômeno cultural: ele concentra o melhor das revistas, o impacto das passarelas e a autenticidade do street style, ao mesmo tempo em que movimenta bilhões de dólares na indústria.


Das capas da Vogue aos desfiles e aos looks das ruas, setembro é o momento em que a moda se reinventa e o mundo acompanha.

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Por: Ricky Monteiro, publicitário entusiasta da moda, apaixonado por cinema de terror e música.


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